Evangel Mertiello (Lasombra) VS Dopper (Garou) Luta (1)

Evangel (Lasombra)



O caminho parecia um tanto triste aquela noite, lembrei-me das vezes que quando "vivo" pensava como a morte seria tão confortante. Agora percebo o quanto é dolorosa, quanto minhas sensações acerca de tudo aquilo havia mudado. Mesmo crendo que me tornar uma nova pessoa tenha feito de mim "algo" melhor. Assim mesmo, uma coisa, um novo ser condenado. Alguns dizem presenteado. Talvez a noite tenha me feito ser parte dela... até que ponto seria bom?

Enquanto meus passos faziam sons ecoarem por entre as lápides, eu ficava imaginando o porquê de tudo acontecer... até que um momento senti minha alma esvair do corpo, como que se fossem jorrar até a ultima gota.
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Doppel vivia com sua avó, mas constantemente discutia com a senhora, por motivos que com certeza ele estava errado . Desta vez ele estava sendo acusado de participar em uma briga de bar, na qual duas pessoas foram hospitalizada. Neste caso ele não tinha envolvimento nenhum, resolveu se afastar da do bairro onde morava pra evitar maiores confusões e até encontrar provas, testemunhas de que nada tinha a ver, e também pra "limpar a barra" com sua avó. Felizmente ele tinha um lugar onde passar as noites fora de casa, um mausoléu abandonado, antigo e caindo os pedaços. Por incrível que pareça ele tornou o lugar até habitável, levando um sofá e fazendo ligações clandestinas com a rede de iluminação publica. Frequentemente organizava algumas festas ali. O lugar não era muito alto, dois andares e uma varanda pequena com as grades quase se soltando devido o concreto envelhecido, assim como as estruturas enferrujadas das próprias grades. Naquela noite ele estava sozinho, dando pequenos goles em um vinho roubado de uma igreja qualquer e fumando cigarros. Percebeu a presença de alguém se aproximando, apagou as luzes, colocou-se no canto mais escuro da varanda e ficou observando o estranho passar. Já estava perturbando a ideia dos policiais estarem atras dele, mesmo o estranho ter passado, e não estando muito longe, ele ainda ficou olhando, pra ver se atras dele havia alguém, quando percebeu que aquele homem estava sozinho resolveu tentar uma aproximação. Saltou do segundo andar e foi caminhando até ele [b]Hô, cê tem horas?

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Enquanto caminhava, quase não pude perceber que logo e repentinamente um homem quebra minha linha de pensamento com sua presença. Talvez estivesse eu distraído demais comigo mesmo ao ver aquele cidadão se dirigir a mim com tanta naturalidade em um local tão inadequado. Pois, afinal, "passear" em um cemitério ao escurecer não era tão comum. Mas de fato, não posso eu recriminar, já que os anos mudaram tanto as pessoas que não existe mais um linha entre normalidade e casualidade.

_Presumo que já esteja tarde para se conversar em um cemitério.

Minhas dúvidas em relação aquele indivíduo não eram muitas, pois parecia tão comum como qualquer outro, talvez um Cainita, local propício como sempre. Evitei a pergunta, afinal até onde poderia ir aquela conversa.

Após ter atravessado a rua e entrar no cemitério ele pode ouvir as palavras do desconhecido. Hum... apenas balbuciou com a resposta dele, e logo reparou nas roupas dele e no jeito dele. Percebeu que não havia ninguém por perto, junto dele. Já estava estressado com a situação de sua querida avó e com as injustas acusações do delegado local. Não iria conseguir dormir direito com um estranhando andando do outro lado da rua dentro do cemitério, nem mesmo coveiros costumam fazer isso Então por que você não vai embora? Trabalho aqui... Obviamente ele estava mentindo ... e é proibido ficar passeando essas horas pelo cemitério. Vai embora! Saiu da frente dele, dando um passo para o lado, assim, dando passagem

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O homem não parecia estar feliz com minha presença naquele local, se ele realmente trabalhava por ali eu havia sido imprudente em não percebe-lo antes. Um Cainita trabalharia em um cemitério? Improvável, não é necessário muito conhecimento para tal conclusão. Se for um simples mortal me parece estar dando "mole" para o azar, pois me alimentar logo tão cedo ainda não estava em meus planos, mas poderia cogitar se continuasse a me incomodar.

_Me perdi no tempo enquanto caminhava, e sei muito bem das "proibições".

Eu não gostava como aquele "inseto" falava comigo, e claro, poderia eu acabar com toda aquela pre potência que o cargo de coveiro lhe conferia. Apenas levaria alguns segundos. Deixei um sorriso sobre-sair em meus lábios em sinal de provocação. Não lhe dei as costas, e enquanto passava por ele o encarava constantemente.

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Doppel

Viu ele passando a minha frente e me encarando, estava mantendo uma postura realmente de alguem que trabalhava no cemitério, e também, mesmo vendo seu sorriso ele nada fez. A única coisa que o fez perder a cabeça foi a lentidão de como ele andava. Doppel estava inquieto com toda a situação da sua vida e tinha pressa pra voltar pra casar, terminar seu vinho e espairecer a cabeça. Pegou ele pelo braço, na altura do ante braço e começou a andar rápido puxando-o Vamo logo porra! disse em voz alta sem se importar se realmente havia algum coveiro por perto. Acelerava os passos enquanto caminhava ao lado dele, puxando-o para a saída. Já to de saco cheio

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Aquilo parecia passar dos limites, quem ele pensava ser para me agarrar de tal forma. Mortais pensam ser donos do mundo todo quando lhes tem uma vida patética e sem graça, tão limitada quanto suas própria fragilidade. Minha vontade era de lança-lo contra a parede para ver de perto seu corpo frágil se desfazer.

_Quem pensa que é para me tratar dessa forma! Mudei de ideai, resolvi ficar!

Irritado, puxei meu braço para longe dele, e mantive-me em posição defensiva em relação ao que estava acontecendo. Não poderia aceitar aquilo vindo de tal criatura.

Há! Você vai sair sim, Hô se vai Disse com raiva nos olhos, retirou a jaqueta de coura e jogou de lato, em cima de um canteiro próximo. Vai sair nem que seja na porra! Além de estar errado, quer discutir... parasita dos infernos tinha uma linguagem bem urbana e cheias de gírias, típicas de qualquer adolescentes que frequentam pub’s ou coisas parecidas. Se aproximou dele dando um longo passo e efetuando um soco em direção ao rosto dele

Teste de Briga: 8, 8, 7, 5, 10, 7 (6 sucessos)

Teste de Dano: 1, 10, 2 (0 sucessos)
Teste Padrão: Força+1

Mesmo não tendo nenhum sucesso, ou uma falha o dano causa pelo menos sempre um 1

Contudo, o homem se tornou mais agressivo, sua fúria contra mim era aparente, e não demorou para que perdesse o controle e me desferisse um soco na face. Não me dei o trabalho de esquivar, e deixei que sua mão repousasse sobre meu rosto. Esse é bem o termo, pois sua força não era equiparada a sua habilidade.

_Sua fúria apenas atiçou a minha. E meu gosto por sangue começara mais cedo esta noite.

Assim que terminei de falar, devolvi o golpe que havia recebido, minhas mãos foram em direção do pescoço do homem a frente.

O homem realmente era ágil, e conseguiu escapar de minhas mãos como um rato assustado, pensando que sua pose de lutador fosse me oferecer algum problema. Eu não me importava com aquilo, e mesmo e ainda privando minha identidade e meu verdadeiro poder continuei apenas a fita-lo de cima abaixo. Talvez estivesse no momento de jogar um pouco sujo. Pois aquele infeliz conheceria um pouco do terror sabá. Não pensei duas vezes em novamente tentar agarra-lo. Gostaria de ver quantas vezes mais ele ficaria fugindo. Pois a caça começava a ficar divertida. Novamente tentei agarra-lo enquanto lançava o terror de minha imortalidade

Doppel que estava ali tão confiante misteriosamente se sentiu estranho, é como se fosse um mal estar rápido e passageiro, quando se deu conta pra perceber já estava com a mão dele em seu pescoço. Apenas olhava ele com raiva e rangia os dentes. Deveria ter ido embora quando mandei otário... Ele já estava acostumado a brigas, e a não usar sua metamorfose, até por que do motivo de ser algo diferente e que possa chamar atenção.

Destreza+Esquiva: 9, 5, 1, 9, 3, 9, 2

Meus olhos escureciam como a noite quando por ventura me vi sendo ameaçado por um simples mortal. Preso em minhas mãos tentava resistir, apesar de tudo era um homem guerreiro, mas como todos os outros tolos mortais desconhecia o próprio limite. Segurei-o com toda minha força, (Ver teste resistido) para não deixa-lo escapar. Agora que, depois de duas tentativas, havia finalmente o pego, não facilitaria. Em decorrência de minha vantagem, logo, fui de encontro ao seu pescoço. Tentaria lhe cravar os dentes antes mesmo que viesse escapar.